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Copom indica mais um aumento de 0,75 ponto da Selic, dizem analistas

Com foco no cumprimento da meta de inflação, uma nova alta deve 0,75 deve ocorrer na próxima reunião do comitê, prevista ocorrer em junho. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira

Com foco no cumprimento da meta de inflação, uma nova alta deve 0,75 deve ocorrer na próxima reunião do comitê, prevista ocorrer em junho. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira (5) a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 2,75% para 3,5% ao ano. Segundo analistas, uma nova alta deve 0,75 ocorrer na próxima reunião, prevista para junho.
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Este foi o segundo aumento seguido da Selic. Em março, o Copom elevou a taxa de 2% para 2,75% ao ano, aumento além do esperado à época pelo mercado financeiro.
“Ele fez uma espécie de aviso. Ele preferiu, de certa forma, se desamarrar um pouco dessa ideia”, afirmou Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências.
O Copom também deixou claro que a política monetária tem como objetivo a inflação de 2022. Para o próximo ano, a meta de inflação é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Mais cedo, nesta quarta, o Ministério da Economia elevou a projeção de inflação para 2021, passando de 3,23% para 4,4%.
Na projeção do Comitê, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o próximo ano em 3,4%, portanto, abaixo do centro da meta. No relatório Focus, que colhe a avaliação de uma centena de analistas, a expectativa é de alta de 3,61%.
“No comunicado, chama atenção que o horizonte relevante é o ano de 2022. Ele deixa de falar em 2021 como vinha falando na última reunião”, diz Rodrigo Cruz, sócio e gestor de Renda Fixa e Câmbio da Meraki Capital
Na projeção do Copom, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o próximo ano em 3,4%, portanto, abaixo do centro da meta. No relatório Focus, que colhe a avaliação de um centena de analistas, a expectativa é de alta de 3,61%.
Na avaliação de Reinaldo Nogueira, diretor-geral do Ibmec São Paulo e Brasília, o Copom indicou que vai utilizar os juros para encaminhar a inflação para o centro da meta, mas que novas altas — ainda que inferiores a 0,75 — serão necessárias para controlar o índice de preços.
"O que importa mais é essa trajetória. Esse direcionamento [de alta] tem um efeito sobre capitais e sobre os preços de importados, que impacta na inflação", explicou.
No comunicado desta quarta, o Copom informou que "prevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude".
Ressaltou também que "essa visão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação".
Além disso, o comitê destacou que, apesar da pressão inflacionária de curto prazo se revelar mais "forte e persistente" que o esperado, mantém o diagnóstico de que "os choques atuais são temporários".
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